Todo mundo tem medo. Alguns tem medo de altura, de bichos,
de morrer... Mas todo mundo tem medo de perder alguma coisa. Alguma coisa
importante. Alguma coisa pelo qual a gente vive. Alguma coisa que a gente é
viciado. Seja a besteira que for. Se amarmos muito, teremos medo de perder.
Como se fosse único, como se não pudesse viver sem aquilo... Daí surge a dependência.
Eis a diferença
entre vício e dependência. Na minha opinião, toda dependência é um vício, mas
nem todo vício é uma dependência. Eu sou viciada em perfumes. E cheiros em
geral. Ás vezes, tenho vontade de cheirar as pessoas que passam por mim na rua.
Nada com o perfume, mas cheiro de pele, de cabelo... E separo cada um deles.
Conheço cada cheiro do meu namorado. Quando ele tá feliz, quando ta tistinho,
quando quer me agarrar...
Algumas
pessoas quando se interessam por outro pensam: “o que aquela pessoa deve gostar
de fazer? Que tipo de música deve curtir?” Eu penso: “Que cheiro aquela pessoa
deve ter?” E em nenhum momento eu fico dependente disso. Não morrerei se não
cheirar o cabelo daquela pessoa que está andando na minha frente. Mas eu sou
apaixonada pelo cheiro de algumas pessoas, e sou louca pra cheirar a Lea
Michele. Sonhos...
Enfim, fiz
esse textinho ão porque percebo uma certa intolerância e um exagero em
relação a isso. Adolescentes tendem a aumentar as coisas. Tendem a se prender a
uma coisa pequena pra ter algo a que se prender. Algo que ás vezes consideramos
“eterno”. Por favor, não pretendo tirar a fé de ninguém, mas sejamos realistas,
todos nós dizemos “com certeza” com a coração e a cabeça cheios de dúvidas. Vícios
são os refúgios. O “pra sempre”. Conclusão? Muitas vezes associamos isso a
pessoas. Eu mesma, posso dizer que sou viciada no meu namorado, que o amo para
todo o sempre... O nosso pra sempre. Sabe aquela frase piegas “que seja eterno
enquanto dure”? Pois é. Se for bom, vai ser pra sempre. Mesmo que acabe. A
eternidade é relativa. Sim, eu quero o meu “pra sempre”. Mas se não durar, eu
vou ter sido feliz pra sempre J
/Larissa